Babel
Estrelando:
Cate Blanchett, Gael García Bernal, Brad Pitt, Mahima Chaudhry, Jamie McBride, Kôji Yakusho, Shilpa Shetty, Lynsey Beauchamp.
Dirigido por:
Alejandro González Iñárritu - 21 Gramas (2003) e Amores Brutos (2000)
Iñárritu retorna com um roteiro típico de seus filmes anteriores. Várias histórias interligadas por um fato fortuito que transforma a rotina de todos os personagens. Neste filme, a escala de eventos é global. A mensagem da globalização é forte mas facilmente digerida. A sequência de fatos é casual e causal. Os elos entre os personagens no microcosmo é forte. Suas atitudes simples impactam a vida dos demais como o Armagedon.
Também como nos seus filmes anteriores, os atores brilham com atuações convincentes. Destaco o amadurecimento de Brad Pitt, evoluindo a cada filme, o Sr. Jolie deve abocanhar um Oscar em breve.
As principais críticas referem-se ao filme ser demasiado longo, com alguns excessos em tomadas muito longas e a nudez excessiva de uma das personagens. Discordo, considerando fundamental a reflexão e a ambientação de cada local mostrado. As constantes mudanças exigem que nossa retina identifique a nova situação ou a recuperação da imagem. A calma e a demora na transição me parece fundamental. Em relação ao nu acredito em nudez sem pornografia, nudez sem sexo, nudez num personagem sem diálogo, nudez com respeito ao ator/atriz. O respeito do diretor com estas cenas é evidente.
Resumindo, belo filme mas que parece ter esgotado a fórmula - acho que a trilogia encerra esta fase deste importante diretor mexicano.